quinta-feira, 20 de julho de 2006

Fábio Trummer

Fábio Trummer é líder da Eddie, banda que formou a mais de 15 anos, e que semanas atrás lançou o terceiro disco, "Metropolitano".
Fábinho falou de música, política, e de sua fama de menino de família.
A entrevista foi concebida via email.

China: Porque lançar um disco em fevereiro, já que o mercado e a mídia estão
voltados para o carnaval? Isso não atrapalha os planos de divulgação?

Fábio Trummer: A idéia era lançar o cd o quanto antes, pois no verão temos uma demanda grande de pessoas que estão no
estado de férias e a trabalho, pessoas do meio musical e da midia, isto poupa
trabalho e dinheiro no futuro, é
verdade que as atenções estão voltadas pro carnaval. mas temos rec beat, porto
musical, amp, e o próprio
carnaval multicultural que faz com que as atenções se voltem a produção musical
do estado, e o metropolitano é
um cd que dedica boa parte das faixas ao carnaval, sendo assim.
Outro fato tambem faz com que não nos importemos com o lançamento as
vésperas do carnaval, o fato de um cd
independente ter um prazo de trabalho a médio e longo prazo, como não temos
dinheiro para investir numa campanha
de publicidade é bem provável que este cd esteja no auge da divulgação no verão
do ano que vem.

C: Dá pra ganhar dinheiro com venda de discos?

F.T: Ganhamos um dinheiro bom com vendas de cd, se vendemos nos
mesmos uma médiade 6 reais por cd,
na distribuidora um pouco menos, 3 reais por cd, o que é umamargem muito maior
que qualquer gravadora paga por
ai, possibilita muitas contas pagas no final do mês, e até umas boas farras.

C: Porque o Eddie mudou tanto de formação?

F.T: Na Época em que começamos a tocar música era uma incerteza, uma
brincadeira, depois a coisa ficou séria
para uns e problema para outros, desta forma os que decidiram seguir uma
carreira musical, no caso do eddie eu
sou o único das primeiras formações que optaram por esta tragetória, estão
tocando até hoje, outros saíram da
banda por diferenças musicais e mudanças de instrumentos. Roger deixou de tocar
baixo, por exemplo, Berna não
quis mais viajar e tocar bateria, e alguns por desgaste de convivência. É um
casamento sem sexo, no nosso
caso,por ai ja não sei.

C: Você confia na imprensa local?

F.T: Acho a imprensa local muito fraca. desde da formação, os cursos são
fracos, até o modelo profissional,
pouquissimos jornalista sabem sobre o mundo da musica, ainda mais saber sobre
literatura, artes plásticas, cinema e teatro, não da pra saber de tudo, e o principal motivo de não acreditar na imprensa local é o modelo dos jornais locais que privilegiam um formato e não o conteúdo, que exigem do jornalista prazo e não uma boa matéria, desta forma o erro é constante e a relação de favor que normalmente os jornais tem com a notícia atrapalha ainda mais o fim de uma boa matéria que é informar o leitor ou telespectador.

C: Quais os bons jornalistas da cidade? dá pra citar alguns?

F.T: Atualmente respeito o Renato L.

C: Você não acha que a cena recifense é muito dependente das leis de incentivo
a cultura?

F.T: Acho quer tem um monte de gente acomodada com as leis de incentivo a
cultura, acho que Recife usa muito
bem esta história de lei de incentivo e isto sem dúvida é um recurso bom no
desenvolvimento da cena, mas posso
usar o Eddie como exemplo, em 17 anos de estrada 2 cds gravados, só agora
utilizamos uma lei de incentivo a
cultura para gravar o terceiro cd. Ela não é fundamental para o desenvolvimento
da cena, o fundamental é a produção numerosa e de qualidade que nós temos.

C: Algum dia na vida, já lhe passou pela cabeça a possibilidade de ser vereador
em Olinda?

F.T: Não daria certo como vereador, é um meio podre que não ficaria uma
semana compactuando com toda a
fuleragem que existe.

C: Se você fosse prefeito da cidade, o que faria?

F.T: É uma questão complexa, mas se tivesse total poder, mudaria o tipo de
política que é praticado na minha
cidade, que na minha opnião é acomodada e atrazada, e não tras resultados,
preocupada com a politica partidaria
e eleitoreira e não com o fato de resolução dos problemas, votem em min!!!!!

C: Pra finalizar...é verdade que da ponte da capunga pra cá, tu já fez a
maioria das meninas?

F.T: Olha...na atual gestão de solteiro, tenho uma curiosidade sem fim de
descobrir as diferenças que as
mulheres fazem questão em ter. Bom, enquanto não sentir o abalo que a química
provoca num cara romantico como
eu, tambem conhecido por paixão, vou tentando incansável adquirir este dom de
ser dominado por estas substâncias sem cor, sem cheiro e que não soltam as tiras, e que te deixam nocéu, mas daí pra fazer tantas moças assim precisaria de mais umas 69 existências.


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Fonte: Comunidade Que conversa é essa?! do China em 27.2.2006.